Melvyn Bragg e seus convidados falam sobre sangue, bile negra, bile amarela e catarro. Esses são os quatro humores, uma teoria da doença e da saúde que está entre as idéias mais influentes já concebidas. De acordo com um livro árabe do século 11 chamado Almanaque da Saúde, um homem idoso foi ao médico reclamando de pele fria e rigidez no inverno. O médico, após examinar seu estado, prescreveu um galo. Por ser um pássaro quente e seco, era o tônico perfeito para um velho frio e reumático. Este é o remédio pelos quatro humores. A ideia de que o corpo é uma mistura desses quatro sucos essenciais é uma das mais antigas já registradas. Dos antigos gregos ao século 19, explicava doenças, psicologia, hábitos e personalidade. Quando descrevemos as pessoas como coléricas, sanguíneas ou melancólicas, ainda hoje usamos a linguagem dos humores. Também explica por que, na longa e complicada história da prática médica, o fígado de pombo era um afrodisíaco, o derramamento de sangue era uma forma de heroísmo (e melhor feito na primavera) e por que você realmente podia morrer de medo. A teoria foi desmantelada a partir do século 17, mas em sua crença de que a mente e o corpo estão intimamente conectados e que a saúde requer equilíbrio, os humores exercem influência até hoje. Com David Wootton, Professor de História do Aniversário da Universidade de York; Vivian Nutton, Professora de História da Medicina na University College London; Noga Arikha, pesquisador visitante no Institut Jean-Nicod em Paris
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